sexta-feira, 10 de abril de 2009

A volta da Primavera

Fadas voltam a dançar
Na grande noite estrelada
Que meu poder pode alçar.
Em mim, nobre e forte Fada
Não para a mística dança
E um novo mundo se alcança.

Outras, milhões aparecem
Para aquecer noite fria,
Belo e novo mundo tecem.
O som da flauta anuncia
O poder do coração.
Ouviram minha oração.

Nesta noite o tempo morre.
Dançamos na eternidade,
Nenhum medo me percorre,
Sua mágica é sem maldade.
Com feitiço posso voar
E os confins então alcançar.

Tão grande é nossa fogueira
E tão intensas são suas chamas
Que “Avalon” a Terra beira.
As crianças saem de suas camas
Para vir brincar conosco,
E dão brilho ao Mundo Fosco.

Morgana cria seus Dragões
De muitas formas e cores
De passadas estações,
Místicos são seus valores.
“Mordor” agora morreu,
místico mundo seu e meu.

“Fuchur” corre livremente
pelo céu mágico dado.
Mais uma história envolvente
Conta “Sherazade” ao amado
Nessa grande noite eterna
Senhora máxima e terna.

Eu nessa noite me inspiro,
Minha alma é uma Fada viva
Que ao dar profundo suspiro
Cria tão grande e forte Diva
Pelas Fadas muito amada,
Que é minha poesia encantada.
A Natureza

A Natureza é ricamente bela,
A simetria precisa do Artesão,
A divina e imponente construção
Que vejo aqui de minha grande cela.

És grande, tão gigante e imensurável,
Nada a você no mundo se compara.
A obra de Deus seu giro nunca para,
Tudo vai, tudo volta, muito instável.

Quem olha intimamente a Natureza
Olha a si mesmo com os olhos d´alma.
Se vê num mar de intenso amor e ilesa,

O mundo não lhe deixa nenhum trauma.
Ser com a Natureza uno é ser leve,
Alma com força intensa e corpo breve.
Pesadelo

Sozinho ando calado na sombria
Noite sinistra de terror mortal.
Ando por um diabólico quintal
Ouvindo a fria e má voz que ali procria.

Não! Caveiras, Caveiras tenebrosas
Dançam frenética e tão intensa dança.
Só vejo a decadência que não cansa
E vocifera mentirosas prosas.

Ouço e vejo fantasmas blasfemando
Mentiras sórdidas que iludem tudo.
Não tenho voz, confuso, cego e mudo
Vou caminhando sem nenhum comando.

Quando a luz finalmente chega, fria
E gélida se mostra aos meus sentidos.
Da Luz, espíritos surgem, caídos,
E o caos em meu semblante se anuncia.

Como é maravilhosa a sinfonia

Como é maravilhosa a sinfonia
Executada pela Mãe grandiosa.
Ninguém pode acabar com a sua harmonia,
Porque é sutil, eterna e poderosa.

Eu posso ouvi-la no cantar das aves,
Na brisa prazerosa, suave e amena,
No cair da chuva, que são tudo chaves
Construídas por tão linda Sirena.

Que belo o som das árvores, poesia
De frescor doce que me encanta em tudo.
Com esta música, não tem vazia

Escuridão que enterre e deixe mudo
Os mais ínfimos átomos que tenho.
Oh! Como é poderoso esse seu engenho.