Guarda-chuvas em frêmito, cidade
Em alvoroço, grande vai e vem, pés
Molhados, todos encharcados, tez
Molhada da cabeça aos pés, fealdade
De faróis, carros e buzinas, lama
A me banhar o corpo já cansado,
Um corre-corre, povo lado a lado.
Ah! pandemônio, confusão, reclama
Um do banho que leva de algum carro.
Confusão, trânsito, loucura, gritos,
Um mar de palavrões, na cara barro.
Ah! tão bela paisagem deste inferno,
Água pra todo lado. Que bonitos
Restratos deste mundo tão moderno.
domingo, 13 de novembro de 2011
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Ode aos Vermes
Que saudades eu tenho dos Antigos...
Oh! poderosos Vermes ancestrais
Devoradores de palavras. Mais
forte está agora o amor que sinto amigos!
As Flores Raras que cultivo são
Para vocês devorarem. Estas belas
Pétalas, tão divinas. Todas elas
São delicado mundo em combustão.
Sim, venham! comam destes versos, meus
Corpos amontoados de papel,
Carregados de infernos e de céus,
Cheios de decadência, abençoada
Por um carniceiro menestrel
Podre desta cidade tão sagrada.
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