quinta-feira, 23 de julho de 2009

Charles Baudelaire

Quero fazer satânicos meus versos,
Como o nosso pai gótico fazia.
Quero transformar báculo em poesia,
Ser Baudelaire em modos tão diversos.

Sim, eu vejo nascer Flores do Mal
Nesse mundo tão gótico e sombrio
De eterno luto, gélido e tão frio,
Por isso transformava ópio em portal.

Litania Satânica me inspira,
Não sou mais o Albatroz todo confuso,
Nenhum Frankstein sem porca ou parafuso.

Em total decadência o mundo gira.
Nele o grotesco vira bela arte,
Disseca o decadente parte a parte.

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